terça-feira, 29 de junho de 2010
PATRICIA DECLARA AMOR A FORTALEZA E APOIO A TASSO.
Principal nome do PDT cearense, a senadora Patrícia Saboya abdicou tentar sua reeleição ao Senado, para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. A justificativa utilizada pela sobralense é o desejo de voltar para o Ceará e contribuir com Fortaleza. “Esse é o momento que a nossa cidade precisa dos nossos olhares, do nosso cuidado, do nosso amor. Eu tenho a missão e a ligação com essa cidade que nada será capaz de mudar. É intocável. Eu amo Fortaleza”, disse ontem durante a convenção do partido.
Com palavras mais voltadas para Fortaleza do que propriamente para o Estado, Patrícia sinaliza um discurso de quem não desistiu de assumir o comando da prefeitura de Fortaleza. O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), embora não tenha citado explicitamente, foi mais enfático quanto à sinalização de que Patrícia concorrerá no pleito de 2012. “Patrícia disputou a Prefeitura e disse coisas importantes que precisavam ser ditas. A democracia não quis ouvi-la. Hoje, a nossa cidade precisa escutá-la”, discursou.
A senadora já disputou pleito duas vezes: em 2000 e 2008. Nas duas situações, contou com o apoio do senador Tasso Jereissati (PSDB).
O tucano também foi fundamental para garantir a vaga de Patrícia no Senado, em 2002. Em gratidão e por acreditar que Tasso tem feito muito pelo Ceará no Senado, Patrícia disse que irá votar em Tasso Jereissati, contrariando a deliberação de seu partido. O PDT apoia os candidatos Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT).
Questionado se os militantes do PDT estariam liberados para fazer campanha para outros candidatos ao Senado, o presidente estadual do partido, André Figueiredo, disse que respeitava a opinião individual de Patrícia, mas que iriam apoiar os dois candidatos da base governista.
Na Assembleia
Nos bastidores, a avaliação geral é de que o PDT teria desistido da vaga do Senado, em troca da presidência da Assembleia Legislativa. O cargo seria ocupado por Patrícia. Além de compensar o partido pela perda da vaga na chapa majoritária, a indicação teria vantagem de garantir um nome de bom diálogo com os tucanos. O PSDB poderá ser oposição em 2011, caso Cid Gomes (PSB) seja reeleito.
Questionado sobre o assunto, André Figueiredo disse que não houve negociação ainda, mas afirmou que o PDT quer conversar bastante com o governador e contribuir com o governo. (Tiago Coutinho)
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