Igreja
Bento XVI cria órgão para ''reevangelizar'' Ocidente
O
foco da estratégia do Vaticano serão os países ricos e desenvolvidos,
que segundo a Igreja perderam o %u201Csentido de Deus%u201D. A
iniciativa acontece num momento de queda na frequência aos cultos e no
número de ordenação de sacerdotes e de escândalos de pedofilia
01/07/2010 02:00
Atualizada às: 01/07/2010 00:11
O
papa Bento XVI vai instituir no Vaticano um órgão para combater a
secularização e “reevangelizar” países ricos e desenvolvidos do
Ocidente, segundo ele ameaçados pelo “eclipse de um sentido de Deus”.
A iniciativa, anunciada anteontem pelo pontífice, é vista como um reconhecimento tácito de que falharam até agora as tentativas recentes do Vaticano de revigorar o Cristianismo, principalmente na Europa e América do Norte, onde a frequência aos cultos e a ordenação de novos sacerdotes teve forte queda no último meio século e a reputação da igreja foi manchada por diversos escândalos de pedofilia.
“A secularização produziu uma grave crise no sentido da fé cristã’’, disse Bento XVI ao anunciar o novo departamento. Seu objetivo será “encontrar as formas corretas de voltar a propor a verdade perene do evangelho” em países onde a Igreja está presente há séculos.
O anúncio foi feito em meio às festas de São Pedro e São Paulo, tradicionalmente celebradas juntamente com representantes da Igreja Ortodoxa - que, apesar de manter relações tensas com os católicos, também almeja combater a secularização.
O nome do órgão “antissecularização” ainda não foi anunciado, mas a imprensa italiana especula que será Conselho Pontifício Pela Nova Evangelização.
Também segundo a imprensa, a liderança do novo departamento deve ficar a cargo do arcebispo italiano Rino Fisichella, atualmente chefe da Pontifícia Academia para a Vida.
Em março do ano passado, Fisichella criticou a excomunhão de um médico brasileiro responsável pelo aborto realizado em uma menina de nove anos abusada sexualmente por seu padrasto, em Pernambuco.
O episódio desagradou a ala mais conservadora de sua academia - a Igreja Católica ordena a excomunhão automática em casos de aborto.
A imprensa italiana espera também que o Vaticano nomeie um novo chefe para a Congregação para a Evangelização dos Povos, trabalho missionário liderado atualmente pelo cardeal Ivan Dias, que tem 74 anos e estado de saúde debilitado. (das agências de notícias)
A iniciativa, anunciada anteontem pelo pontífice, é vista como um reconhecimento tácito de que falharam até agora as tentativas recentes do Vaticano de revigorar o Cristianismo, principalmente na Europa e América do Norte, onde a frequência aos cultos e a ordenação de novos sacerdotes teve forte queda no último meio século e a reputação da igreja foi manchada por diversos escândalos de pedofilia.
“A secularização produziu uma grave crise no sentido da fé cristã’’, disse Bento XVI ao anunciar o novo departamento. Seu objetivo será “encontrar as formas corretas de voltar a propor a verdade perene do evangelho” em países onde a Igreja está presente há séculos.
O anúncio foi feito em meio às festas de São Pedro e São Paulo, tradicionalmente celebradas juntamente com representantes da Igreja Ortodoxa - que, apesar de manter relações tensas com os católicos, também almeja combater a secularização.
O nome do órgão “antissecularização” ainda não foi anunciado, mas a imprensa italiana especula que será Conselho Pontifício Pela Nova Evangelização.
Também segundo a imprensa, a liderança do novo departamento deve ficar a cargo do arcebispo italiano Rino Fisichella, atualmente chefe da Pontifícia Academia para a Vida.
Em março do ano passado, Fisichella criticou a excomunhão de um médico brasileiro responsável pelo aborto realizado em uma menina de nove anos abusada sexualmente por seu padrasto, em Pernambuco.
O episódio desagradou a ala mais conservadora de sua academia - a Igreja Católica ordena a excomunhão automática em casos de aborto.
A imprensa italiana espera também que o Vaticano nomeie um novo chefe para a Congregação para a Evangelização dos Povos, trabalho missionário liderado atualmente pelo cardeal Ivan Dias, que tem 74 anos e estado de saúde debilitado. (das agências de notícias)
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